quarta-feira, 17 de outubro de 2007

100% Olive Oil

Não há nada melhor que um bom azeite 100% virgem para temperar uma boa sala de tomate -- azeite, sal grosso, uns pingos de vinagre e uma pitada de oregãos (também conhecidos por estes lados como “orega-mos, amor, por favor”). Como não é fácil criar paralelismos parvos com sal grosso, vinagre ou oregãos, decidi concentrar-me no bom e velho azeite... [Bem, às tantas até fico espantado com a minha facilidade inata de cair para a estupidez –- afinal, o paralelismo parvo em relação aos oregãos foi feito na frase anterior e de uma forma tão natural que nem dei por ela]. No entanto, voltemos ao que interessa realmente aqui, o azeite –- cortesia desse enorme ícone da representação canastrona que é o grande David Carruso.

Na série «NYPD», que a SIC transmitiu há uns bons anos, o homem ainda conseguia disfarçar ligeiramente o enorme canastrão que tinha latente dentro de si –- e não deve ter sido um parto fácil, não senhor. Agora, com o seu asqueroso Horacio Caine de «CSI Miami», o caso é bem diferente. “Muito, muito, muitíssimo diferente” –- como diria o outro. Sabem? O outro, aquele que toda a gente cita mas que nunca ninguém sabe quem é? Esse mesmo! E porquê? Porque a forma como o homem se movimenta, fala e reage às situações mais complicadas revela um pretenciosismo sem igual. Aqueles óculos escuros sempre na cara, aquele andar gingão, aquela camisinha estrategicamente entalada nas calças de côr clarinha são os exemplos perfeitos do que é um CANASTRÃO –- ou CONASTRÃO, se preferirem... Se bem que duvido que o homem, do alto da sua altivez moralista, tenha sequer tocado na irmã do outro –- sabem o Eric Delko, aquele cubano que tinha uma irmã toda boazuda que acabou por morrer de cancro. E, bem vistas as coisas, também não deve ter papado a cunhada –- Sofia Milos, uma MILF de respeito –- apesar de se pensar que o irmão (do H, como tão irritantemente toda a gente insiste em chamar-lhe) tinha morrido já-não-sei-onde. Devia ter medo que o gajo voltasse do mundo dos mortos ou algo desse género. Enfim... O homem até tinha uma certa razão, porque eventualmente foi mesmo isso que acabou por acontecer.

A série nunca foi boa, mas agora está pior do que nunca. No início ainda podíamos regalar a vista com a já citada Sofia Milos ou com as fugazes aparições da Kim Delaney –- que não é propriamente uma gaja boa ou gira, mas tem uma coisinha qualquer que faz querer dar-lhe um apertão. Depois até a irmã boazuda do outro tiveram de matar -- cliquem no link lá em cima, observem bem as fotos e o vídeo e depois digam-me que não valia a pena ver uns episódios só por causa da boazuda.


Cwaralho, não há ninguém que aguente tanta históriazinha de merda sem uma gaja boa para distraír. E, hoje em dia, o que temos é aquela loira irritante que não diz uma para a caixa e a maluca da médica legista, que passa o tempo a falar com cadáveres. Infelizmente os oneliners que o actor profere imediatamente antes do genérico – ao som de «Won't Get Fooled Again», dos Who – são a única coisa que se aproveita na série hoje em dia. No vídeo que encontram aí em baixo podem apreciar uma sequência desse brilhantismo. São sete minutos de canastrice pura -- azeite 100% virgem para acompanhar uma bela salada de tomate.

2 comentários:

Artista Mouco disse...

A inveja é sempre muito FEIA!
O que o chefe.mouco concerteza quereria dizer era: "ADORO O CARUSO"

e mais :"QUERIA SER COMO ELE"

ou ainda: "FÔUDASSE - ANDO NISTO HÁ TANTO TEMPO E AINDA NÂO ARRANJEI UNS RAIBANTES DAQUELES!!!"

CARUSO'S LOVE!!!!

Primo Mouco disse...

O que eu faria à Sofia Milos, e proporcionalmente o que eu lhe pediria carinhosamente (ou à bruta, depende) que ela me fizesse, nem um exército de Fernandos Rocha pré-conice teriam vocabulário suficiente para descrever.

Pela Sofia Milos, aguento vinte Carusos. Sofia, se me estás a ler, o meu bem-haja para ti. Casemos.