sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Primeira classe

No decurso das minhas actividades de observação feminina, tenho fomentado recentemete um apreço particular por uma moçoila que julgo ser relevante tornar público, neste meio de difusão em massa que é o nosso Clube. Por sermos um exemplo para os jovens, um ícone cultural em pleno auge da sua popularidade, um verdadeiro foco condutor da manada que é a nossa população bloguista, sentimos também um fardo de responsabilidade. Uma obrigação de fornecer um teor educativo e pedagógico na nossa pescadaria diária. Assim sendo, serve também este texto para ensinar a marmanjada que nos lê a escolher gajas, o que decerto reconhecerão ser uma perícia básica a possuir, instrumental na aquisição de felicidade pela vida fora.

Esta jovem de ar lavadinho, sabiamente fotografada pelo Quim Justo (a quem enviamos desde já uma mensagem de ódio e desprezo fomentado pela inveja mais básica) chama-se Lília e pratica a sua arte no agrupamento musical Xaile. Esta jovem é a personificação da classe numa gaja. Senão, repare-se. Antes de mais, Lília chama-se, efectivamente, Lília. Não se chama Maria Arménia. Nem Tânia Isabel. Nem muito menos Felismina. Chama-se Lília, como que a inspirar os lírios do campo, alvos e esvoaçantes. É classe. Começando pelos pormenores físicos mais essenciais – as sandálias. A nobre Lília não usa tamancos saloios, nem botangas pouco reveladoras. A sandália de Lília revela o suficiente para enlouquecer qualquer fetishista de pés, sem no entanto passar a barreira da horrivelmente popularucha xanata havaiana. É classe. Caso tenham desviado o olhar de outros sítios pertinentes durante tempo suficiente, terão reparado que Lília é ruiva. Não é loura, nem tem aquelas madeixas esquisitas que fazem as incautas jovens ficar com o cabelo de várias cores, nem sequer rapou o cabelo. É ruiva, é demarcação. É classe. A pulseira que Lília enverga no seu braço esquerdo substitui qualquer azeiteira tatuagem daquelas à volta do braço, e é removível caso ela se canse. E a ideia de Lília vestida só com aquela pulseira exerce uma chinfrineira considerável sobre qualquer centro hormonal masculino. É classe. Lília toca numa banda chamada Xaile. Não são as Buzinas Açucaradas, nem são as Garotas de Ourém, nem sequer as Uau Agridoce. Resistiram à tentação de se chamarem Calças de Ganga da Feira. São as Xaile, meus amigos. É classe. Nessas mesmo Xaile, rodeou-se de duas outras jovens que, apesar de não atingirem as mesmas alturas de suculência, são de qualquer maneira um exemplo de bom gosto e perfeitamente plausíveis de entrarem numa qualquer fantasia de chafurdice lesbiana com a boa da Lília. É classe. O papel de Lília nessa troupe folkiana, para além de servir de rainha suprema da sexualidade nordico-ruiva, é de tocar flauta céltica e adufe. Lília não toca pífaro, nem concertina, e certamente não toca ferrinhos. Negou igualmente o papel habitual da gaja-baixista. Flauta céltica e adufe, meus caros Moucos. É classe.

Face a este conjunto de provas irrefutáveis, será por agora óbvio que Lília é o modelo da gaja de classe. É a este calibre de gaja que deverão almejar, amigos Moucos. Quanto à Lília herself, resta-me tão somente um apelo final – Lília, caríssima, caso estejas a ler-nos em directo, não percamos mais tempo. Casemos.

21 comentários:

Artista Mouco disse...

Agora, pensemos um pouco....
E a Lília de Crocs? Hummm?
O que teriam a dizer... possuiria a mesma personagem a mesma classe!?
Dúvidas que ficam e que urge responder por quem de direito!
Quanto à afinidade pelo matrimónio do primo mouco, apenas lhe desejo sorte na sua conquista matrimonial,e que de facto um dia esta candeia que vai à frente na procissão dos blogues alumie também os outros iluminados que por aqui pontificam... Ah! E Já agora que dê frutos!

Primo Mouco disse...

Maldito sejas, Artista, por tamanho vitupério proferido sobre a frágil Lília, que nunca deverá sequer ter-se aproximado de um maligno Croc! Que um exército de lésbicas motoqueiras (de Crocs calçados, naturalmente) se engrace pelos teus glúteos e te desonre em plena Avenida da Liberdade!

Ah, e obrigado pelo desejo.

Izzy disse...

O Primo Mouco denota, de facto, uma tendencia para o apelo ao matrimonio. Acho muito bem. Nao se deve perder a virgindade sem antes oficializar a relacao perante a Igreja.Um exemplo para todos os moucos por esse mundo fora.

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

ATENÇÃO: Certas frases poderão ostentar níveis severos de "cafagestagem" e javardice. Aconselho portanto a fecharem os ouvidos!

Caro Primo Mouco desde já o quero felicitar pela mui bela escolha (estou a referir-me à moçoila) e por ter adicionado o meu mui palerma blog aos seus links. Pois bem meu caro, aconselho-o (e agora puxando a minha veia poética como que num acto de "classe", ou quiçá, de pura estupidez) a não possuir a mui bela moçoila... Não se deixe levar pelos prazeres da carne! Primeiro case-se e só depois, como que levado por um acto de loucura, ou quiçá, pujança extremamente violenta e dura, pussua-a como se não houve-se amanhã!...nem vizinhos do lado a ouvir.
Tudo isto ao som da mui célebre frase: "Toma lá minha galifona"!

TENHO DITO

TheObZen disse...

Primo de toponímia e de mouquisse, somos realmente parentes. Os nossos genes de critério sereico não mentem: a moça de Xaile até pode vir sem xaile e sem crocs!

(Na próxima ocasião, prometo um avacalhanço menos avacalhadamente brejeiro, mas a pura volúptia da Lília deixou-me assim...)

Chefe Mouco disse...

A mim, caros moucos, só me apetece é arrancar as sandálias à doce Lília (à dentada de preferência), rasgar-lhe a roupinha com violência q.b., encontrar uma igreja qualquer perdida na noite, arrombar a porta e possuí-la selvaticamente ali mesmo -- em cima do altar. À frente de uma audiência de lésbicas motoqueiras doidivanas, claro está.

C. S. Lima disse...

Detesto Crocs e qualquer coisa que seja pouco feminina, mas pergunto-me como é que a (obviamente falsa) ruiva Lília (ia aqui tecer um comentário pouco simpático ao nome da rapariga, mas baptizaram-me de Cátia... enfim, quem tem telhados de vidro não atira pedras e coiso e tal) se amanha em dias de chuva e frio com as suas sandalocas... Será que ganha frieiras nos dedos dos pés ou simplesmente recusa-se a sair do seu castelo nessas ocasiões (i.e., hiberna)?
Tocar flauta ainda vá que não vá, agora tocar adufe... As mulheres que tocam adufe são normalmente abençoadas com uma estridente voz de cantadeira de rancho folclórico. Quiçá a vaporosa Lília ainda não terá atingido a sua maturidade vocal! O dia chegará, certamente.

TheObZen disse...

Cara Kate Anything, a micose cotovelar tem tratamento. Não desesperes! Se a farmácia mais próxima não tem a pomada milagrosa, a da esquina a terá. Estamos aqui para ajudar. E também para provocar. Ao ponto de nos esmagares com uma evidência imagética que suplante a pobre criatura que dá pelo nome de Lília.

C. S. Lima disse...

Micose cotovelar?! Olhe que não, olhe que não...

Primo Mouco disse...

Que as lésbicas motoqueiras exerçam a sua carga determinada sobre a tua secção lombar depois de terminadas com os glúteos do artista, cátia não sei quê!

C. S. Lima disse...

essas lésbicas motoqueiras andam muito ocupadas! :o)

Moyle disse...

Tendo em vista a inverificabilidade total, ou parcial, dos caracteres axionométrico do múnus em apreço pela comentarização em epígrafe, surge-me como imperativo trazer à colação de que a percussão de um adufe em consonância com o manuseamento de uma flauta, exerceu uma inequívoca pressão no centro libidinoso do inconsciente da autonomeada "Cátia", daí decorrendo as considerações de carácter, indigitemo-lo sem pruridos, sarcásticopejorativas pela moça de cabelos ruivos, devidas à atracção experienciada a um nível erótico.

Primo Mouco disse...

ie, 'adufa-me a minha flauta, minha galifona,' não é, amigo Mo(y)le?

Moyle disse...

Meu caro, é isso exactamente, isto é, talvez seja isso, ou... bom, ou não. Hoje dói-me uma unha do pé direito e fiquei com as habilidades de controvérsia nos bolsos das calças que agora estão na máquina, pelo que não posso afirmar nada inequívocamente, ou posso?

Primo Mouco disse...

Prezado Moyle - responder-lhe-ia sem quaisquer demoras.



Mas deixei,





numa visita à região homo-qualquer coisa de Sacavém,







a capacidade de rapidez e coerência de...



raciocíniocínio?






nas calças e...







está bom tempo, não adiantas o canal azul ereacasdffnasl


bip.

Artur.S disse...

bip bip bip..
tenho dito!

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

Calma lá que o TENHO DITO tem direitos de autor caro Artur.S... :)

TENHO DITO :)

Artur.S disse...

As minhas desculpas caro poeta.
Não mais usarei as suas poéticas palavras. :)

Reparei agora que a senhora qualquer coisa anda muito interessada nas lésbicas motoqueiras... porque será? :)

DISSE!

Pedro Correia ou Poeta Acácio disse...

Obrigado meu caro Artur.S :)

TENHO DITO

Artur.S disse...

Então e uma poesia? tens aí alguma ou és um poeta sem poesia? :)

Ela Nomar disse...
Este comentário foi removido pelo autor.