Tal foi a referência à supra-citada Clio, e será esse dantesco ponto de referência do imaginário cultural europeu um dos assuntos sobre o qual nos debruçaremos hoje. O outro será, como é óbvio, o omni-presente Bruno Aleixo. Em boa verdade, difícil será doravante o lançamento de uma pescada que não tenha enfoque exclusivo nestes dois assuntos. Sucede que o binómio Clio-Bruno tem preenchido de forma total e exclusivista todos os nossos momentos acordados nos últimos meses. Aquilo dos espectáculos do NEL era só para disfarçar (já Gibraltar era mesmo verdade, mas adiante). Nunca mais escrevemos nem falámos nem ouvimos nem enviámos envelopes com elevadas quantidades de dinheiro estónio no seu interior, nem encetámos qualquer outro tipo de actividade nos meses mais recentes para além de idolatração praticamente eclesiástica destas duas figuras incontornáveis (no caso da Clio, literalmente, por limitações físicas que se tornarão óbvias).
Quem é Clio, perguntam os mais imbecis que têm vivido debaixo de caixotes vazios da gráfica Anduriña nestas últimas quinzenas. Pois bem, a Clio é uma jovem tulipeira, que tem primado pelo desempenho exemplar das suas tarefas. Os seus talentos para a promoção discográfica, manufactura de bacalhau à braz caseiro e polimento de pratas antigas são inigualáveis e têm-lhe granjeado fama e reconhecimento internacional. Como observação secundária, note-se igualmente que após investigação mais aprofundada, soubemos de fonte fidedigna que a suave Clio tem uma fartura de SEIOS que atinge proporções mastodónicas. Desde que fomos alertados para este pormenor e olhámos novamente para as fotografias dos ditos, nunca mais dormimos pacificamente, deixámos de comer e apresentamos um comportamento bipolar extremamente perigoso para a sociedade. Alcoolizamo-nos para além do razoável, despimo-nos em locais públicos sem razão aparente, assistimos incessantemente a um Desportivo das Aves - Olhanense de 1987 na RTP Memória como tentativa de purgar o espírito. E isto tudo é apenas metade do que nos consome.
Bruno Aleixo. O mero mencionar do nome incita o terror e a admiração em doses desproporcionadas em homens de barba rija, e até mesmo no Artista Mouco. Pouco mais haverá a dizer de Bruno Aleixo. Será actualmente a figura pública mais reconhecida a nível mundial, no mínimo. Desde a forma elegante como lida com o desprezível Nuno Markl (sim, reconhecemos o teu "apropriar" indevido da linguística inerente ao nosso nekkro movkko) até aos sábios conselhos de vida que nos deixou, Bruno é todo um manancial de exemplos positivos para a nossa juventude, até à vida pacata que leva no seu café preferido.
Pois bem, tamanho bom partido não poderia ficar no esquecimento da solidão durante muito tempo. Foi com grande apreço que registámos a sua união com a boa da Clio, que mesmo apesar do falecimento súbito, trágico e surpreendentemente ineficaz de Bruno, se mantém de pedra e cal. E mamas.
É nesta cintilante relação que residem hoje os nossos maiores sonhos e aspirações para um futuro risonho das nossas crianças. Que Bush é capaz de voltar a invadir um Iraque, depois de testemunhar Bruno e Clio em feliz harmonia? Que Sócrates será capaz de ser um imbecil generalizado em todos os aspectos da vida sabendo que, algures no mundo, Bruno ingere carapaus à espanhola no regaço de Clio? Que Papa, meus amigos, será capaz de continuar vivo durante muito mais tempo como um cancro da humanidade, depois de saber que existe este tipo de pureza carnal entre nós?
Que sejam, pois, felizes. E que nunca lhes calhe cocó.