segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O Ipiranga de Corroios

Aqui há atrasado, eu próprio e um companheiro de armas (igualmente Mouco) chegamos basto adiantados ao recinto onde iria ocorrer um acontecimento da maior relevância sócio-cultural que nós, naturalmente como homens de letras, iríamos assistir. Para que o correr da ampulheta fosse menos custoso, dirigimo-nos a um estabelecimento liquido-alimentar que pratica o seu comércio a poucos metros de distância da mítica sala de espectáculos que em breve seria palco do evento. Foi durante a ingestão de um xiripitizinho no referido estabelecimento que a nossa vida se alterou para sempre. Irrompendo triunfantemente pela calma instalada no estabelecimento, um técnico de tintas do ramo da engenharia civil, acabado de sair do escritório móvel onde exerce com gabarito a sua profissão, proclamou ribombantemente a sua presença com o seguinte grito de guerra inesquecível:

CHEGUEI EU.

Este urro glorioso foi de tal ordem que o silêncio reinou por sobre o estabelecimento durante alguns segundos. Nessa altura, eu e o meu compatriota de Mouquice sentimo-nos inferiores. Menos homens (mas ainda assim com masculinidade de sobra, note-se). Subjugados pela natureza ao mesmo tempo animalesca e principesca desta figura imponente. O “CHEGUEI EU” do técnico de tintas, vociferado ainda para mais no seu tom vocal áspero, granuloso e grave e acompanhado da sua enormidade física, denota uma fé suprema na sua superioridade perante os seus semelhantes. Toda a populaça presente no estabelecimento (e a maior parte dos presentes em áreas circundantes sem problemas de audição) teve instintivamente a noção de quem é a figura principal, o líder espiritual daquele território.

Desde então, tentei adoptar com algum sucesso e diversas desvirginizações à sua custa o grito de imponência. A minha voz ainda precisará de alguns milhares de maços e diversas cisternas de bebidas espirituosas escocesas para atingir a refinação do original, mas lá chegarei, Deus (da guerra) querendo.

Refira-se finalmente que tem sido essencial para esta metamorfose pessoal o contacto ocasional contínuo com a figura mítica do original “CHEGUEI EU”, episódios esses que ficarão reservados para divulgação em pescadas vindouras.

Até lá, VOU EU.

sábado, 24 de novembro de 2007

Pensamento Intrigado Sobre o Sábio Bacoco

O Nuno Rogeiro não deve ter já uns bons 76 anos de idade?
É que desde o tempo da televisão a preto-e-branco [em que me entretinha com exercícios de vibrante zapping bilateral entre o telejornal da altura e as últimas novidades do cinema animado checoslovaco, trazidas até à minha condição de criança pelo Vasco Granja (também conhecido por ser o marido da Pantera Côr-de-Rosa)] que vejo este catedrático do conhecimento universal a opinar sobre assuntos tão díspares como o eventual arsenal nuclear da Ilha do Corvo ou o anormal índice de folículos capilares que florescem nos mamilos das mulheres da tribo Kanashiwu da Tanzânia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

ÓRMONAS!

Bem, mais uma vez, a vontade de comentar a actualidade sobrepôs-se à normal parvoeira aqui abordada, pelo que irei directamente ao assunto! Após os acontecimentos dramáticos que marcaram a semana televisivó-desportiva com o grande timoneiro Scolari cheguei, em cerca de 5 segundos, a uma conclusão:



O SCOLARI É UMA GAJA!!!



Como poderei eu, um humilde artista de inspiração nelística, tecer tão rebuscada afirmação a respeito de tão nobre figura?
Passarei a explicar:
a) vejo a letra L nas noites da 2, e por razões diversas que não interessa agora explicar, mas fortemente relacionadas com a forma como o direito à diferença é reinvindicado no seriado, e, também, num plano estritamente secundário, ou mesmo terciário, pelas cenas de nudez quase explícita, de teor algo erótico muito bem interpretadas!
b) a progressiva parvoeira (leia-se agressividade niilística) na atitude do Felipão
c) a progressiva parvoeira (leia-se agressividade niilística) na atitude do Felipão
d) a progressiva parvoeira (leia-se agressividade niilística) na atitude do Felipão
e) a progressiva parvoeira (leia-se agressividade niilística) na atitude do Felipão
e como podem calcular, por aí fora.... (aceitam-se sugestões para este "work in progress")
z) ah! E pelo sotaque também...












Encontrando-se em profunda fase de transmutação, o Sr. Felipe Scolari anda a tomar hormonas para passar a ser efectivamente um HOMEM.

Já mostrou barba, já evidenciou uma barriguita de bom vivan, até já levantou a voz aos srs. jornalistas, pelo que só falta mesmo é passar a ter uns belos duns tomates e uma pilinha para brincar nas horas de ócio...
Assim sendo, encontrando-se algo perturbado e não controlando as suas emoções , como é natural no caso (basta ver o drama de MAX na referida série televisiva), o Felipão tornou-se agressivo... e mais grave, desleixado com a sua higiene feminina.
Não que isto perturbe alguém, ou a mim em particular, mas achei que o país (ou a meia dúzia de desocupados que lêem esta parvoíce) merecia um esclarecimento!
Culminemos então com mais um apelo:
ARRANJEM ESPUMA DE VIRILHAS PARA O SCOLARI!

(consta que tb serve para os sovacos...)


quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Penugem sobrancelhística

Às vezes é complicado pensar sobre o que partilhar neste pérfido veículo de comunicação e disparate... Julgo até que a imensidão de assuntos sobre os quais me debruçar afastam os mais óbvios e mesmo os mais parvos, uma vez que, tal como Nietzsche à beira do abismo, também aqui a net devolve o seu olhar sobre a minha pessoa, e de forma despudorada! Assim sendo, e depois de pouca (ou quase nenhuma) reflexão, resolvo agora falar sobre esse elemento do quotidiano que tanto reparamos, comentamos e sonhamos... Falo assim. de sobrancelhas, e não daquelas bem delineadas, atraentes ou que dão vontade de lamber, mas sim daquelas que nos fitam ainda primeiro que os olhos do oponente!

Num terno aparte para convosco apenas posso referir que "eu cá prefiro as FARFALHUDAS”, de preferência descabeladas e com um pelito a apontar para a iris...

Podemos descrevê-las como:
a) obedecendo a um rigor cunhalesco;











b) remetendo para o próprio futebol (apesar de neste exemplo também se poder visualizar um valente par de auriculares);








c) ou mesmo para nossa meninice sobre a forma de um qualquer boneco que nos atormenta a memória desde então.









Podemos vê-las em cinzento, em preto, em amarelo ou até em castanho, mas a essência de uma verdadeira sobrancelha apenas se revela no contacto mais íntimo, penteando e comungando com o pêlo do parceiro como se do sal da vida se tratasse.

Longe vão os tempos em que a penugem púbica atraía os mais vis e luxuriosos pensamentos, nem mesmo a mensagem deSadiana nos preparou para o advento do culto da sobrancelha, esse elemento nefasto do rosto humano que nos atrai e reduz a um simples pentear em frente ao espelho, a um sacudir da pele por sobre o pêlo, a uma procura pelo ideal de beleza que reflicta a simetria sobrancelhística!

Aproveitando tão versada discussão em torno deste tópico lanço aqui, e para vós, um verdadeiro apelo em tom de desabafo: “estamos fartos de gilletes para as tipas raparem os pelos das pernas, estamos fartos de gilletes para a barba, queremos uma lâmina dócil e que deixe o pelo tenro depois de cortado, QUEREMOS GILLETES PARA AS SOBRANCELHAS!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

Corações ao alto

Debrucemo-nos sobre os D’zrt.

Tenho cá para mim que, apesar de terem vendido cerca de vinte e cinco biliões de discos em três dias, não passam de uma cambada de génios incompreendidos. As vendas não reflectem as mensagens que terão ficado no éter do esquecimento, destinadas a não atingirem os corações mais distraídos, se não fosse por uma análise pós-fenómeno (porque, actuamente, os elementos dos D’zrt devem estar empregados no ramo da prostituição fabril, na melhor das hipóteses) que o nosso Clube leva agora até ao grande público.

É preciso não esquecer, antes de mais, que esses setenta e quatro triliões de discos não reflectem o público que, efectivamente, tomou contacto com o disco – cada elemento da população nacional da faixa etária 13-16 do sexo feminino terá adquirido no mínimo doze mil exemplares do disco para esfregar lânguidamente por diversas partes corporais pegajosas enquanto ouvia a explosão de sensualidade que transborda desta obra maior da nossa cultura. Assim, podem ter um stock de substituição virtualmente inesgotável para todos os booklets com as páginas coladas e as fotos esborratadas pelas mais diversas viscosidades. Para além disso, calcula-se que diversos homens de meia idade, alguns deles possivelmente (note-se o possivelmente, para evitar eventuais processos judiciais) em cargos de governação, tenham adquirido uma quantidade ainda maior de exemplares para similares efeitos de stock – por serem invariavelmente ricos e obesos, têm mais dinheiro para comprar mais discos, e têm também uma maior área corporal onde os esfregar.

Assim sendo, é muito natural que uma parte importante da nossa já habitualmente desinformada população tenha perdido algumas pérolas da mais refinada filosofia emocional, das quais vos apresentamos apenas alguns exemplos. Para analisar isto tudo a fundo, caríssimos, era preciso uma pescada de tonelada. Assim sendo, iniciaremos em capítulos análises dos vários temas, explanando os principais conceitos inerentes aos mesmos. Abram as vossas mentes e os vossos espíritos e, acima de tudo, os vossos corações.

Para mim tanto me faz
Que digas coisas boas ou coisas más
Ou mesmo que inventes
Algo que eu nunca fui
Yeeeeee

-- in “Para Mim Tanto Faz”

Numa das passagens de uma crueza mais arrepiante, o letrista responsável (que não é especificado, mostrando assim o quanto os D’zrt enquanto banda se fundem numa personalidade comum, quase antropomorfizando D’zrt enquanto ser humano) dirigem-se a uma pessoa (o sexo também não é especificado, demonstrando a tolerância sexual dos – ou do, considerando a pessoalização do nome! – D’zrt) com a qual tiveram uma relação do foro amoroso que terminou. Só isto já é um fardo sentimental que dá ao tema um background quase insuportável, metaforizando o apocalipse numa jogada lírica de mestre. Nesta passagem, está patente todo o espírito de individualidade forte que é um dos motes desta lendária banda. Para eles, é indiferente o que a pessoa torne público à posteriori da relação. Mesmo que sejam inverdades. Esta confiança no eu é uma forma clara de positivismo humanista, e aliada à liberdade dada à atitude do outro remete obviamente aos ensinamentos de Aleister Crowley, com o seu Do what thou wilt shall be the whole of the law. Revelam-se assim os D’zrt como seguidores brilhantes de filosofias mais ocultistas, estatuto intelectual esse que é reforçado pelo impensável “Yeeeeee”. Atentem na dualidade “…nunca fui – Yeeeeee”. Depois de uma negação absoluta, na frase imediatamente a seguir é gritada com convicção inabalável um vocábulo de aceitação. Este “Yeeeeee” demonstra claramente a luz ao fundo do túnel da dor. Apesar da separação, apesar do negativismo presente nas afirmações inventadas pelo(a) maroto(a) ex-amante, o “Yeeeeee” vem mostrar que nem tudo é mau, com uma luz que brilha ainda mais intensamente por vir depois da escuridão. Yin-Yang mais claro não há.

Mais à frente neste tema, o estoicismo e a vontade positiva de continuar a viver (humanismo, sempre presente) estão ainda mais vincados. “Bem podes vir bater à porta que ela tá fechada / Bem trancada / Completamente selada / Yo fui”, é o verso que transmite esta poderosa ideia. A metáfora da porta fechada é enriquecida e reforçada por vários sinónimos de fechamento crescente, terminando num arrepiantemente final “Yo fui”. Este “Yo fui” é como que o virar de página definitivo, virando os olhos para um horizonte novo em que a força interior individual prevalecerá independentemente do mal que este mundo nos possa tentar fazer. É com mãos trémulas de emoção que me despeço até à próxima análise. Até lá, yo. Fui.

sábado, 17 de novembro de 2007

Pensamento Redutor da Metamorfose Cósmica do Planeta Côco

Se realmente estivesses equipado com mecanismos de consciência para tudo quanto se passa no mundo, não terias a forma de um corpo vertebrado, mas sim um saco lacrimal com aspecto de dentadura arreganhada de orelha a orelha. Pronto a verter gotas por cada tragédia ocorrida a cada nanonésimo de segundo, pronto a disparar urros de êxtase por cada uma das incomensuráveis alegrias despoletadas, a toda a hora e em toda a parte. Mas não és assim tão feio(a). Porque, afinal, o teu mundo é diminuto.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

palhaços!

izzy é nome de gajo.

fvkk off.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Pensamento Rouco

O dia hoje não está bom, nem está mau. Antes pelo contrário.

domingo, 11 de novembro de 2007

análise polítiKILL

ao aktval primeiro ministro deste país, retalhava-lhe o eskroto com uma tesovra romba, deixava-o a observar o lento processo de gangrenação dvrante vns dias, e finalmente arrankava-lhe os olhos kom vm korta-vnhas ferrvgento.

fvkk.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

A ameaça

Durante a minha ausência na Namíbia por motivos de relevância particular este tasco tomou um rumo de porcalhotice libidinosa que urge contrariar a bem dos valores morais que estiveram na base da criação deste Clube familiar. Falemos, portanto, de velhas.

Em particular, como é óbvio, das velhas que escolhem o autocarro como método transportativo de eleição. Começa aliás já por aqui a nuvem espessa de dúvidas que esta espécie nefasta suscita. Será que escolhem? Decerto já todos de vós que alguma vez utilizaram o conforto básico de um nobre autocarro depararam com uma ou mais velhas decrépitas e claramente a faltar-lhes vários naipes para terem um baralho mental completo. Indagaram-se sobre a sua natureza? Os seus objectivos, a sua motivação, o seu background sócio-emocional? Para quê isso quando a gaja dali do banco mais à frente tem um par de mamas capaz de providenciar sustento para o Sudão e o Chad inteiros durante dois anos, não é, seus biltres?

Seja como for, regressando à primeira questão sobre a Velha do Autocarro (denominemo-la como entidade geral, capitalizando para fácil identificação textual). As Velhas do Autocarro não escolhem essa vida. Como existem as Velhas Que Ficam Em Casa Com Os Gatos, ou até mesmo as Velhas Que Ainda Persistem Na Indústria Da Pornografia , ser Velha do Autocarro é um chamamento. O autocarro está para estas velhas como o engalfinhamento em mamas apelativas está para o comum dos Moucos. É o desenrolar inevitável da natureza interna da velha em questão. Assim sendo, a liberdade de escolha que resta à velha é o papel a tomar assim que o autocarro é invadido. Sim, porque estas velhas apenas invadem o autocarro, não têm qualquer destino. Ao contrário da populaça, não é o ir do ponto A ao ponto B, ou da Baixa da Banheira ao Poço do Bispo, que motiva a espera numa qualquer paragem. O destino delas é o próprio autocarro. Uma vez lá dentro, desenrola-se então o seu papel.

O intuito destes seres é fácil de descortinar. Pretendem instaurar uma nova ordem mundial onde o crochet será, em detrimento do futebol, o entretenimento básico da população. Onde seremos forçados a ver tardes inteiras de televisão na TVI. Onde, apesar de não termos um único CD em casa, só gostamos de música que é cantada em português. É necessário erradicar esta pestilência que se abateu sob o nosso sistema de transportes públicos. A responsabilidade é de todos. Para isso, o Clube dos Amigos do Mouco, sempre na vanguarda do conhecimento, elaborou sob a pessoa deste Primo Mouco que vos fala, um estudo básico identificativo das diversas espécies de Velha do Autocarro. Apesar de ser um estudo preliminar, é uma primeira ajuda que vos damos. Numa guerra a primeira coisa a fazer é conhecer o inimigo a fundo, disse o sábio Sun Tzu em A Arte da Guerra. Pois bem, os dados estão lançados. É este o nosso inimigo.

- A Sociável – é a velha que conversa. Com as pessoas que se sentam a seu lado (“a minha neta tem um pullover igualzinho, só que é de outra cor e o desenho é diferente e o dela é feito em macramé”), com as outras velhas (“o doutor disse-me que não é nada mas eu estou convencida que é um câncaro na prosca”), para a geral caso os dois primeiros casos falhem (“já não há respeito hoje em dia, antigamente é que era” ou “ainda disseram ontem que chovia mas afinal faz um rico solinho”). É uma espécie que tem como objectivo o branqueamento da imagem das Velhas do Autocarro entre os inocentes transeuntes. Facilmente controlável caso ignorada. No entanto, exige cautela máxima e presença de espírito, uma vez que ao primeiro sinal de aceitação, mesmo um ligeiro acenar de cabeça, a velha agarra e só larga em caso de saída da viatura pela vítima em passo acelerado.

- A Sinistra – é a velha que vai nos bancos de trás do autocarro, silenciosa, não denotando qualquer identificação nem com outras da sua espécie, com um aspecto físico de quem morreu em 1973 após longos meses de fome, mas sem no entanto nunca adormecer ou dar sinais de quebra física. Esta velha tem a particularidade de já se encontrar no autocarro quando entramos, seja em que paragem for, e de ali permanecer até saírmos, seja também em que paragem for. Suspeita-se de que brotem de sementes postas por Velhas Regulares (ver à frente) nos interstícios dos bancos e que sirvam o papel de sentinelas de guarda quando estas não se encontram presentes.

- A Regular – uma casta superior na hierarquia das Velhas do Autocarro, a Velha Regular é a que apanha sempre o(s) mesmo(s) autocarro(s) (pode ser um de manhã, para ir ao senhor doutor, e outro à tarde para ir à costureira), sempre à mesma hora. Esta velha estabelece contactos e pontes de comunicação por entre os viajantes normais e até funcionários. Sabe quantos filhos tem o motorista e de que doenças sexualmente transmissíveis padece o revisor, e trata pelo nome outros passageiros que tenham o infortúnio de ter que usufruir dessa carreira de forma habitual. “Como está, dona Arlete?” ou “melhor do fígado, Sr. Joel?” são frases típicas. Exibe uma alegria de viver pouco condizente com a sua condição de velha apodrecida pelos anos de amargura, uma arma potente no construir de relações que a alicercem como dona efectiva de uma carreira. Cautela.

- A Insana – uma das espécies mais nocivas de Velha do Autocarro, a Velha Insana é capaz de, sem qualquer aviso prévio ou conjunto de circunstâncias que o justifique, perguntar qual é o melhor autocarro para apanhar para Viana do Castelo enquanto viaja num autocarro de Évora, ou de se começar a babar incontrolavelmente enquanto balbucia o nome do imaginário filho toxicodependente, ou até mesmo de começar a tocar repetidamente nas pessoas e nos embrulhos que levam, enojando com o seu toque frio e esponjoso. Claramente uma espécie cujo objectivo é a intimidação e a desorientação.

- A Que Sai – Todas as velhas estudadas anteriormente primam pela sua permanência. É raríssimo ver qualquer delas sair efectivamente do autocarro, o que é compreensível dada a sua sede de poder. No entanto A Velha Que Sai diferencia-se por isso mesmo. Tem um modus operandi típico. Levanta-se do seu lugar apenas quando o autocarro já se encontra parado no destino que pretende, com a porta aberta e quase a sair. Note-se que o lugar foi cuidadosamente escolhido o mais longe possível da porta, e à janela, para a velha ficar trancada. Dá violentos encontrões em toda a gente por onde passa, e impede as pessoas que estão ainda a tentar chegar à saída de se movimentarem. Ao atingir a saída, apercebe-se que ainda faltam duas paragens. Bloqueia a saída com ar triunfante até lá. Altamente disruptiva do bom funcionar dos transportes públicos.

É este o futuro que queremos para os nossos autocarros de amanhã? Digamos não às Velhas do Autocarro! Combatamos sem piedade nem demora este vírus hediondo! À guerra, companheiros!

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Pensamento Porco Mas Talvez Pouco

Geometricamente nuclear, o perínio está para o corpo humano como o pelourinho de Vila de Rei está para Portugal Continetal: um centro geodésico. Na verdade, perínio não é mais que a forma erudita de triz, esse termo de verborreico português empiricamente descritivo da hipotética condição para a qual a sua própria região anatómica remete; i.e. "ele não lhe foi ao xx por um triz".
Achei que seria de bom tom deixar aqui esta homenagem ao perínio (ou ao seu irmão bastardo triz), tantas vezes esquecido e ostracizado, apesar do louvável papel que desempenha como confortável porto de abrigo testicular. Haja consideração, meus amigos!
Pois se não fosse a sua providencial localização entre a festa de ânus e a vã Gina, correríamos a fatalidade de encher as maternidades de bebés castanhos de corpito enrugado e aroma de já-cadáver e, as sanitas, de excrementos a berrarem por uma mama enquanto se tentavam desembaraçar de cordão umbilical.

Nota: devido à condição homofóbica do autor, esta é uma alusão ao perínio exclusivamente feminino.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

O SACANÇO

"Ah! e tal o que é que fazes na vida... e mais na sei quê...?"

"Ah! E coiso e tal, saco cenas ...."

"Cenas?"

"Sim!... SACO TUDO!"

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Redassão: "O Mano"

Quando eu tiver um mano, vai-se chamar Herrare, porque Herrare é o mano.





Fim.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

fvkk off.

o artista movko é esqvizotériko.

Zira e Boua

Apresentamos-lhe o MeuHeli, o NOVO Helicóptero Telecomandado, mais leve e pequeno do Mundo! É SUPER DIVERTIDO!!! Ideal para toda a gente, desde os mais pequenos aos mais graúdos!

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domingo, 4 de novembro de 2007

Pulha extraordinária

Serve esta missiva para focar a atenção no resultado da Pulha extraordinária que teve lugar nos últimos dias neste Clube. Dos milhares de votantes que participaram, ficou claríssimo que 78% deles venderiam a própria mãe ao mercado negro de orgãos para que a Izzy (a Mo(u)ca honorária) nos agraciasse com uma visão do seu paraíso corporal, o que explica o aumento da oferta nesse particular ramo de negócio que se tem verificado nos últimos dias, como certamente terão reparado. Os 22% restantes que não efectuaram essa transacção (esses Humbertinhos) estão excitadamente a rosnar "Hubba Hubba" à espera dessa visão.

Assim sendo, Izzy, a bola está do teu lado. Ou as bolas, mesmo. Se as tivesses. Ou não...

sábado, 3 de novembro de 2007

Pensamento Fatalista... Um Pouco

Se a vida fosse uma cena fixe, não nasceríamos a chorar.