quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Elfos

Para primeira pescada, nesta tasca manhosa, resolvi falar de um ódio de estimação: os elfos!

Imaginem que, certo dia ao sair de casa, deparam-se com um tipo vestido de maiot verde a saltar de nenúfar em nenúfar e a trautear cantilenas insuportáveis.

O que faziam?
1. Adoravam-no como um ser superior;
2. Arremessavam-lhe paralelepípedos enquanto gritavam: “Sai daqui, bicha louca!

Pois é, a escolha é obvia… No entanto, quando transpomos isto para a tela, tudo se transforma e toda a gentinha passa a gostar desta espécie paneleira. Para mim, quem gosta de elfos teve sonhos eróticos com o Peter Pan quando era criança. Não concebo que uma pessoa sã, possa achar piada a esta escumalha!

Os elfos estão no topo da minha lista de criaturas insuportáveis. Para mim, o grande génio Tolkien falhou redondamente o final da Trilogia do «Senhor Dos Anéis». No final, a horda de Uruk Hais de Mordor devia varrer sem piedade toda aquela corja de abichanados Elfos e Hobbits -- assim como todos os outros seres incrivelmente coerentes e simpáticos que vivem na Terra Média.


Podem-me dizer que as elfas são boas… OK, até podem ser. MAS!!! Acham que existem elfas ninfomaníacas? Acham que uma elfa aceita entrar numa rambóia com outra elfa amiga? Claro que não, pah! O que interessa serem todas jeitosas se depois, primeiro que lhe consigas ver um seio, tenhas de a cortejar durante uma eternidade. Sim… Não esquecer que aquela malta é ruim e custa a morrer. E durante esse cortejo todo terás de gramar cantiguinhas da merda e ficares horas a admirar a erva a crescer comentando o bonito que é a nossa natureza! Epah… Puta que pariu. Venha uma bardajona monoteta!

Orelhas em bico... Por orelhas em bico, venha o Spock!



terça-feira, 30 de outubro de 2007

Pensamento Suave Como Um Soco

Pensamento Sobre O Homem Que Não Sai Do Choco

O mundo é um longo sonho de um eremita distante. Quando ele acordar, ninguém restará para contar.

O último grande desígnio

A problemática do recta vs rectidão da natureza associada a ver a bela Lília cheia de classe com uns belos "crocs" (argh!) calçados, já para nem falar da "região homo não sei das quantas", leva-nos hoje a ponderar efectivamente acerca do propósito último da humanidade!

Mais uma vez, e sobretudo neste assunto, os nossos amigos americanos bateram-nos aos pontos! E passo a explicar desde já:
  • És gaja?
  • Tens mais de 18 anos?
  • Tens uma prateleira de 0,50x0,50m?
  • O teu cú anda sozinho?
  • Tens umas pernas onde os teus gémeos revelam a elegância e a dureza da ginástica de cariz reprodutivo?
  • É teu desígnio último a mera satisfação carnal e obtenção de orgasmos simulados?
  • Tens um desejo por representar peças shakespearianas de gabarito internacional?
  • Gostas de desporto?
  • A tua fronha podia ser a capa de um filme para gente desejosa de se auto-congratular?

Enfim, se respondeste de forma positiva (i.e. SIM, YES ou Si CARIÑO), às 6 primeiras questões podes consultar o seguinte endereço e fazer uma inscrição neste que é provavelmente a maior epopeia televisiva jamais orquestrada!

Se por acaso respondeste de forma positiva (aquela associada ao semáforo verde) a todas as questões aconselho vivamente uma conversa com o primo.mouco, certamente ele terá um pedido a fazer-te...

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Homo-questão

Mal raiava ainda o sol na planície (ie, parque de estacionamento) defronte do meu covil urbano, encontrava-me eu no pleno da minha glória, pronto para mais um ávido dia de Moucaria. Darkthrone tocava baixinho, alegremente, na grafonola da sala enquanto o canal público ecoava as novas da semana por entre golpes de estado do trânsito. Eis senão quando, irrompe pela programação uma rubrica médica. Sim, uma rubrica médica, às 8 da manhã de uma segunda feira, para discutir a problemática da psoríase. Como todos saberão, a psoríase é uma doença cutânea para a qual não há cura, mas nem tudo é mau, pois o médico presente na dita rubrica desmistificou o mito do contágio – felizmente para todos nós, a psoríase não é contagiosa, nem sequer por transmissão sanguínea. O único método de transmissão é a hereditariedade, pelos genes do psoriático. Engalfinhem-se portanto com todas as psoriáticas ou psoriáticos que entenderem, e não advirá daí grande mal ao vosso panorama clínico. Verifiquem no entanto, por muito que isso vos custe, os genes do psoriático dos vossos pais. Se possível, descubram onde eles os guardam e vão lá ver quando eles não estiverem em casa.

A certa altura do discurso do referido médico, no entanto, surgiu o dilema que me irá consumir durante toda a semana, para o qual preciso, apesar do meu habitual carácter individualista e do meu manancial de conhecimento acumulado, da vossa ajuda, amigos. Diz o senhor doutor que a psoríase se caracteriza, e passo a citar, por irritações na região homo-sagrada. A região homo-sagrada, caros. Just fucking google it, dirão vocês. Pois bem, nenhum criativo soletrar do termo obtem quaisquer resultados. Homo-sagrada, homo sagrada, homosagrada, homossagrada, todas as anteriores sem “h”. Nada. Zip. Preciso de vós como nunca precisei.

O que acham que é a região homo-sagrada?

domingo, 28 de outubro de 2007

Pensamento Louco Mas Muito Pouco

Nada nem ninguém é perfeito. Com uma excepção: a imperfeição de ansiarmos pela perfeição - nossa e do que queremos para nós - sendo para isso perfeito, que os resultados sejam sempre... imperfeitos.

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Pensamento Oco, Mas Pouco

A paz não interessa. É demasiado interessante.

Primeira classe

No decurso das minhas actividades de observação feminina, tenho fomentado recentemete um apreço particular por uma moçoila que julgo ser relevante tornar público, neste meio de difusão em massa que é o nosso Clube. Por sermos um exemplo para os jovens, um ícone cultural em pleno auge da sua popularidade, um verdadeiro foco condutor da manada que é a nossa população bloguista, sentimos também um fardo de responsabilidade. Uma obrigação de fornecer um teor educativo e pedagógico na nossa pescadaria diária. Assim sendo, serve também este texto para ensinar a marmanjada que nos lê a escolher gajas, o que decerto reconhecerão ser uma perícia básica a possuir, instrumental na aquisição de felicidade pela vida fora.

Esta jovem de ar lavadinho, sabiamente fotografada pelo Quim Justo (a quem enviamos desde já uma mensagem de ódio e desprezo fomentado pela inveja mais básica) chama-se Lília e pratica a sua arte no agrupamento musical Xaile. Esta jovem é a personificação da classe numa gaja. Senão, repare-se. Antes de mais, Lília chama-se, efectivamente, Lília. Não se chama Maria Arménia. Nem Tânia Isabel. Nem muito menos Felismina. Chama-se Lília, como que a inspirar os lírios do campo, alvos e esvoaçantes. É classe. Começando pelos pormenores físicos mais essenciais – as sandálias. A nobre Lília não usa tamancos saloios, nem botangas pouco reveladoras. A sandália de Lília revela o suficiente para enlouquecer qualquer fetishista de pés, sem no entanto passar a barreira da horrivelmente popularucha xanata havaiana. É classe. Caso tenham desviado o olhar de outros sítios pertinentes durante tempo suficiente, terão reparado que Lília é ruiva. Não é loura, nem tem aquelas madeixas esquisitas que fazem as incautas jovens ficar com o cabelo de várias cores, nem sequer rapou o cabelo. É ruiva, é demarcação. É classe. A pulseira que Lília enverga no seu braço esquerdo substitui qualquer azeiteira tatuagem daquelas à volta do braço, e é removível caso ela se canse. E a ideia de Lília vestida só com aquela pulseira exerce uma chinfrineira considerável sobre qualquer centro hormonal masculino. É classe. Lília toca numa banda chamada Xaile. Não são as Buzinas Açucaradas, nem são as Garotas de Ourém, nem sequer as Uau Agridoce. Resistiram à tentação de se chamarem Calças de Ganga da Feira. São as Xaile, meus amigos. É classe. Nessas mesmo Xaile, rodeou-se de duas outras jovens que, apesar de não atingirem as mesmas alturas de suculência, são de qualquer maneira um exemplo de bom gosto e perfeitamente plausíveis de entrarem numa qualquer fantasia de chafurdice lesbiana com a boa da Lília. É classe. O papel de Lília nessa troupe folkiana, para além de servir de rainha suprema da sexualidade nordico-ruiva, é de tocar flauta céltica e adufe. Lília não toca pífaro, nem concertina, e certamente não toca ferrinhos. Negou igualmente o papel habitual da gaja-baixista. Flauta céltica e adufe, meus caros Moucos. É classe.

Face a este conjunto de provas irrefutáveis, será por agora óbvio que Lília é o modelo da gaja de classe. É a este calibre de gaja que deverão almejar, amigos Moucos. Quanto à Lília herself, resta-me tão somente um apelo final – Lília, caríssima, caso estejas a ler-nos em directo, não percamos mais tempo. Casemos.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Pensamento Pouco Oco II

Não há uma única linha recta criada pela natureza. Ela, que é a única entidade com rectidão.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Trve Kvlt

Pensamento Pouco Oco I

Sou um tipo saudável! A última vez em que fui a um hospital, foi para nascer.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Morra o Croc, morra. Pim.

Pedir-vos-ia imediatamente desculpa pela veemência desta pescada que se segue, mas para isso acontecer duas premissas teriam que se verificar – estar-me a borrifar minimamente, ou não estar a ser sincero em cada uma das palavras duras que se seguirão. Como nenhuma dessas pré-condições têm qualquer valor de verdade, não peço. E adiante, porque isto não é uma pescada maricas em que se anda à volta do assunto durante 23 parágrafos para depois deslargar um punchline débil. Hoje tratamos de coisas sérias. Hoje tratamos de um dos maiores flagelos a assolar a raça humana nos últimos séculos. Qual Yersinia pestis qual carapuça. Febrezinhas de meninos. Qual holocausto, qual merda. Meras arruaças entre pessoas de bigodes suspeitos.

Zero, numa escala de horror, quando comparados com os Crocs. Ou as Crocs. Não sei o sexo deles/as, não me interessa. Não fiz qualquer tipo de pesquisa para esta pescada. Não sei qual é a origem destas coisas. Acho que tinha a ver com barcos, mas é irrelevante. Os (suponhamos, por agora, que tamanho horror não pode ser feminino) Crocs são a peça de vestuário mais hedionda jamais sonhada em toda a história do pensamento humano. Que alguém tenha sequer considerado estas coisas, nem que fosse para servir como sapatos de quarto que só fossem usados para ir debaixo da cama buscar um baú e nunca fossem vistos por ninguém, nem pela pessoa que os usasse, já é um facto incompreensível. Que se tenham tornado numa moda que se espalha como um trágico fogo florestal, deixando traumas ainda mais irrecuperáveis, é algo digno de um hospital psiquiátrico dos que tratam as psicoses mais profundas.

Não há desculpa. Que são confortáveis, dizem os afectados pela doença. Pois bem, roupa interior feita de marshmallows deveria ser ainda mais confortável. Aquela t-shirt de 1986 esburacada que vestimos assim que chegamos a casa à noite é o ponto alto do conforto das nossas vidas. Não é por isso que saímos com essas coisas à rua! Os outros sapatos todos que existem no universo do calçado mundial não têm espetos na sola que se cravam dolorosamente na carne a cada passo, para justificar usar estas borracharias pútridas só porque são confortáveis!

Homens que usem isto, nem vale a pena discutir mais. Pôr crianças a usar isto é pior ainda que as baptizar. Não se admirem depois se o vosso filho se transformar num desfigurador de prostitutas quando chegar aos 14 anos. Mulheres que usem isto, apercebam-se que o vosso sex appeal passa, instantaneamente, para o zero absoluto. E tenham noção de que o zero absoluto são -273,15º, a temperatura à qual teoricamente um corpo não conterá energia alguma. Dizem as leis da Termodinâmica que isto é impossível de acontecer na prática, mas as leis da Termodinâmica não conheciam os Crocs. Residirá aqui, no entanto, o único factor socialmente interessante destas atrocidades plásticas – o efeito de igualdade instantânea que provoca. Com isto calçado, tanto a, sei lá, Cristina Scabbia como a Sra. Felismina que tem 92 anos, não toma banho desde 1934 e exibe o coto amputado da perna esquerda numa esquina da Baixa da Banheira para lhe darem dinheiro para o tabaco têm rigorosamente o mesmo apelo físico. Zero. Absoluto. -273,15º.

Aquilo de queimar os livros foi uma das inúmeras ideias extremamente infelizes do povo alemão ali de meio do séc.XX. No entanto, o princípio da coisa poderá ser recuperado agora com efeitos positivos. Uma fogueira, à escala mundial, onde todos os Crocs serão derretidos, e com eles todas as fotografias e desenhos, de modo a limpar da consciência humana este peso, parece-me uma medida que urge pôr em prática.

Caso substistam dúvidas, lembrem-se disto – não faltará muito até o Joachim Löw começar a ir para os jogos de Crocs orgulhosamente calçados. Nesse dia, amigos, o mundo terminará.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

O Elixir da Juventude

Pouco há a falar quando o reino da estupidez é imenso e intenso sem haver um real motivo para lermos um qualquer blogue - que se pretende acima de tudo PARVO - e aí termos de postar sobre assuntos que são, em primeira análise, muito estúpidos, em segunda análise também e ao que parece em última análise ainda se mantêm numa perspectiva altamente estúpida.


Já aqui se pressionou muita tecla para dissertar sobre personagens dignos de menção - nem que seja a menção honrosa na XXXVII maratona das Fajãs de Baixo - inclusive até já aqui se disseram muitas asneiras (palavrões e tudo sobre merdas sem interesse nenhum). Mas até à data nada de tão profundo ou até religioso como o que agora se escreve, leiam em tom de reverência para com o vosso "mai" íntimo interior!

Desde tempos imemoráveis que o homem sempre teve necessidade de se rejuvenescer e procurar algo que sentia como seu, uma qualquer juventude ou espírito perdidos que insistiam em derramar-se pelo intervalo dos dedos de uma mão, quais grãos de areia finos agarrados por uma pequena criança.

Foram tantas e tão infrutíferas as demandas ao longo da nossa história - real e ficcionada - que ambicionavam a conquista desse elixir da juventude, que apenas um ou dois exemplos bastariam para nos lembrar da inatingibilidade desse sonho. Refira-se o Santo Graal do Rei Artur - que nem os Monthy Python conseguiram alcançar - ou até mesmo o Reino de Prestes João, para muitos o real motivo por detrás da demanda dos descobrimentos a cargo do infante D. Henrique.



São tantas as memórias desta frustração histórica que apenas HOJE, e de forma completamente subliminar, finalmente a humanidade parece estar a meros instantes de atingir esse malogrado sonho, a meros instantes...

O advento da nova ERA é, assim, assinalado por algo que nos ultrapassa enquanto comuns mortais, algo subliminar que impossibilita a análise factual e directa daquilo que é, sem dúvida, um dos maiores mitos da nova ERA, e quiçá um dos mistérios da humanidade, ou seja, a TINTA utilizada pelo Sr. Gilberto Madaíl para colorir o seu farto cabelo, ou direi mesmo peruca! Que forma de disfarçar os seus longos anos, a sua longa experiência acumulada a trabalhar em prol desse esforço humanitário que nos consagra a todos, essa instituição que nos garante o pão de todos os dias a FPF!



Nada melhor depois de um abastado almoço regado a cheirinho com uma pingota de café, do que um miranço ao espelho e pentear aquela JUBA e pensar: «(...) Foda-se! depois destes anos todos a ir de joelhos a Fátima só a preciosa tinta me salvou! (cansaço)»

Um verdadeiro renascer de anúncios da nossa meninice como se o restaurador OLEX até a nós nos devolvesse a nossa juventude!



Assim sendo há que bradar aos céus Ó ANA! Ó ANA! nas alturas (como se de "a" PAULA se tratasse)!



O anúncio foi feito, o prometido fez-se promessa e Madaíl salvou-nos. Não à conta de um qualquer resultado infame da selecção, mas sim por virtude da sua nobre imagem, a qual agradecemos e emolduramos num esforço de canonização ainda em vida, para este homem, este milagre que nem precisa falar para nos mostrar o quão humildes somos nós, os restantes mortais, condenados a envelhecer e .... a ver a TINTA do cabelo do Sr. Madaíl numa qualquer televisão ou jornal!

How Löw can you go?

Debrucemo-nos agora sobre o tema que se impõe – o do treinador da selecção de futebol alemã. A grandiosa Mannschaft, que já foi utilizada como elemento base de definição do desporto-rei. O futebol é um desporto com 22 jogadores, uma bola, no qual a Alemanha ganha no fim, reza uma famosa frase no mundo da bola. É no futebol físico, musculado, disciplinado e imponente destes garbosos representantes germânicos que se apoia o lado mais masculinizado do futebol. As trancinhas, as tatuagenzinhas, as fintinhas, os calcanharezinhos, tudo isso são mariquices sul-americanas, ou sul-europeias no máximo. Certo, os italianos têm o catenaccio. Mas também têm meia dúzia de outros jogadores que fazem anúncios a óculos escuros, e o Totti que é aparentemente o equivalente masculino ao sex appeal da, sei lá, Cristina Scabbia.

Não, meus amigos. Futebol para homens é na Alemanha. E naturalmente que o condutor destes homens terá que ser o exemplo claro da virilidade. A extensão natural e personificada da testosterona pungente que tresanda pelos balneários centro-europeus. É certo que testosterona a mais é suspeita. É óbvia a componente homoerótica do alfa-homem idolatrado pelo 3º Reich, qual Tom da Finlândia. No entanto, é este o dilema moral que nós, homens a sério, temos que enfrentar ao longo da vida – ser um homem a sério está muito mais perto do que pensamos de ser um larilas a sério.

No entanto, também é bem conhecido o pavor que os alemães têm do seu passado obscuro. Mais medo do que o medo da gayzice, certamente. É por isso que o cargo de seleccionador tem sofrido uma transformação notória, afastando-se cada vez mais do másculo ideal dos tenebrosos nacional-socialistas. Analisemos brevemente alguns espécimes para melhor compreender esta mutação.

Como é notório na foto, o ideal másculo terá atingido o seu auge com Franz Beckenbauer. Note-se que falamos do atleta que levanta a Taça do Mundo, e não do totó de óculos que aplaude efusivamente como se de um peep-show de esquina se tratasse o evento. Tendo como alcunha o Kaiser, Beckenbauer era um defesa duro e leal, considerado por muitos o melhor central da história do futebol. Chegou a ter suiças até ao queixo, senhores. Mais homem que isto, não é obviamente possível.


Seguiu-se Berti Vogts. Menos obviamente durão que o velho Franz, mas igualmente com aquele ar germânico de quem não atura merdas. Para além disso, teve um mullet nos seus dias de jogador. 'Nuff said.




Do Erich Ribbeck ninguém se lembra, porque a Alemanha não ganhou puto com ele. Mas já se nota inquestionavelmente alguma doçura a entrar na equação. Já se imagina este homem a ser avô de alguém, e é concebível que tenha passado a sua vida sem gaseificar nenhum membro de outra etnia ou credo religioso.



O Rudi Völler era homem até o Rijkaard lhe ter cuspido no cabelo durante o Europeu de 1988. A partir daí entrou numa espiral descendente de efeminização cujo cabelo cor de pombinha não engana.




Jürgen Klinsmann foi o último degrau antes do objectivo final desta pescada, e nota-se. Apesar de ter sido igualmente jogador, e ter marcado golinhos e tal, já nessa altura era um anjinho sensaborão, algo que a idade e a vida nos Estados Unidos só piorou. É um Humbertinho. Servia para apresentar o programa do Fernando Rocha.



Após este rol descendente de tomateira (olá, chefe), chegamos finalmente ao que aqui nos trouxe. O actual seleccionador alemão é a imagem feita da mariquice. A figura acabada da efeminização. Se a ideia inicial era os alpha-males, Joachim Löw é o zeta-male. Tudo em “Jogi”, até esta alcunha(zinha), realça o que há de mais apaneleirado na raça humana. O cabelinho pretinho e penteadinho, a expressãozinha, a posiçãozinha da mãozinha, a roupinha engomadinha, o relógiozinho. Meu amigos, Löw é o passo final do afastamento alemão do seu traumático passado.

A partir de agora, povo germânico, sois livres. Vivei em paz. E em mariquice.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

100% Olive Oil

Não há nada melhor que um bom azeite 100% virgem para temperar uma boa sala de tomate -- azeite, sal grosso, uns pingos de vinagre e uma pitada de oregãos (também conhecidos por estes lados como “orega-mos, amor, por favor”). Como não é fácil criar paralelismos parvos com sal grosso, vinagre ou oregãos, decidi concentrar-me no bom e velho azeite... [Bem, às tantas até fico espantado com a minha facilidade inata de cair para a estupidez –- afinal, o paralelismo parvo em relação aos oregãos foi feito na frase anterior e de uma forma tão natural que nem dei por ela]. No entanto, voltemos ao que interessa realmente aqui, o azeite –- cortesia desse enorme ícone da representação canastrona que é o grande David Carruso.

Na série «NYPD», que a SIC transmitiu há uns bons anos, o homem ainda conseguia disfarçar ligeiramente o enorme canastrão que tinha latente dentro de si –- e não deve ter sido um parto fácil, não senhor. Agora, com o seu asqueroso Horacio Caine de «CSI Miami», o caso é bem diferente. “Muito, muito, muitíssimo diferente” –- como diria o outro. Sabem? O outro, aquele que toda a gente cita mas que nunca ninguém sabe quem é? Esse mesmo! E porquê? Porque a forma como o homem se movimenta, fala e reage às situações mais complicadas revela um pretenciosismo sem igual. Aqueles óculos escuros sempre na cara, aquele andar gingão, aquela camisinha estrategicamente entalada nas calças de côr clarinha são os exemplos perfeitos do que é um CANASTRÃO –- ou CONASTRÃO, se preferirem... Se bem que duvido que o homem, do alto da sua altivez moralista, tenha sequer tocado na irmã do outro –- sabem o Eric Delko, aquele cubano que tinha uma irmã toda boazuda que acabou por morrer de cancro. E, bem vistas as coisas, também não deve ter papado a cunhada –- Sofia Milos, uma MILF de respeito –- apesar de se pensar que o irmão (do H, como tão irritantemente toda a gente insiste em chamar-lhe) tinha morrido já-não-sei-onde. Devia ter medo que o gajo voltasse do mundo dos mortos ou algo desse género. Enfim... O homem até tinha uma certa razão, porque eventualmente foi mesmo isso que acabou por acontecer.

A série nunca foi boa, mas agora está pior do que nunca. No início ainda podíamos regalar a vista com a já citada Sofia Milos ou com as fugazes aparições da Kim Delaney –- que não é propriamente uma gaja boa ou gira, mas tem uma coisinha qualquer que faz querer dar-lhe um apertão. Depois até a irmã boazuda do outro tiveram de matar -- cliquem no link lá em cima, observem bem as fotos e o vídeo e depois digam-me que não valia a pena ver uns episódios só por causa da boazuda.


Cwaralho, não há ninguém que aguente tanta históriazinha de merda sem uma gaja boa para distraír. E, hoje em dia, o que temos é aquela loira irritante que não diz uma para a caixa e a maluca da médica legista, que passa o tempo a falar com cadáveres. Infelizmente os oneliners que o actor profere imediatamente antes do genérico – ao som de «Won't Get Fooled Again», dos Who – são a única coisa que se aproveita na série hoje em dia. No vídeo que encontram aí em baixo podem apreciar uma sequência desse brilhantismo. São sete minutos de canastrice pura -- azeite 100% virgem para acompanhar uma bela salada de tomate.

terça-feira, 16 de outubro de 2007

De metamorfoses e rochas.

"Numa manhã, ao despertar de sonhos inquietantes, Gregor Samsa deu por si na cama transformado num gigantesco insecto. Estava deitado sobre o dorso, tão duro que parecia revestido de metal, e, ao levantar um pouco a cabeça, divisou o arredondado ventre castanho dividido em duros segmentos arqueados, sobre o qual a colcha dificilmente mantinha a posição e estava a ponto de escorregar. Comparadas com o resto do corpo, as inúmeras pernas, que eram miseravelmente finas, agitavam-se desesperadamente diante de seus olhos."

Assim ecoa, desde o longínquo ano de 1915, o primeiro parágrafo de "A Metamorfose", uma das obras literárias mais relevantes e perturbadoras do séc.XX. De facto, a desesperança do ser evidente neste tomo repleto de uma transbordante crise Modernista encontra paralelos directos mesmo nos dias de hoje, sociedade avançada e progressista que pretendemos levianamente ser. Refiro-me, obviamente, a Fernando Rocha.

Personagem incontornável da intelectualidade nacional há quase uma década, Fernando Rocha já era nome icónico das famílias deste país muito antes de atingir com estrondo os nossos ecrãs televisivos em emissões míticas de "Ri-te, ri-te" ou "Levanta-te e ri". Aí, Rocha era a extensão visual do fenómeno cultural que foi a sua actividade anterior. Sozinho, ou single-handedly, como dizem os nossos irmãos do Zimbabwe (onde a língua oficial é o inglês), Rocha revitalizou um mercado injustamente relegado para os expositores metálicos de cassetes à porta dos cafés - o do CD de anedotas. Por alturas de 2002, poucos seriam os que não fariam das anedotas do Rocha dieta diária, tocando-as repetidamente como se de temas do Nel Monteiro ou dos ...And You Will Know Us By The Trail Of Dead se tratassem, rindo a bandeiras despregadíssimas a cada enésima repetição do punchline esperado, e rindo até mesmo em antecipação à medida que já se conseguia reproduzir, ipsis verbis, o luminoso texto humorístico.

Um feito destes não é obra do acaso - Rocha é um linguista exímio e soube utilizar as ferramentas certas para a sua arte. O que o diferenciou de qualquer Carlos Miguel que nunca vendeu mais do que 12 cassetes a uma família de emigrantes que precisava de qualquer coisa para ouvir no Opel alugado quando estavam de férias em Portugal foi precisamente a sua mestria socio-linguística do nosso idioma, dando à populaça o que a populaça desejava. Através de golpes de vernáculo sabiamente aplicados, com Cwaralhos e Fwodasses amplamente distribuidos pelo discurso, Rocha soube levantar textos à partida insípidos a verdadeiras pérolas da fina arte da comédia. Façam a experiência - anotem os textos e retirem qualquer palavra que não digam por hábito em frente das vossas mães, a menos que as vossas mães usem rolos velhos no cabelo e costumem ir para a rua depois das 23h usando a saia da vossa irmã mais pequena. O que vos resta? Uma anedota parva. Isto é classe, caros amigos.

Durante anos, Rocha brindou primeiro as nossas aparelhagens e posteriormente os nossos aparelhos de televisão com sonoros palavrões, como soi dizer-se, atribuindo-lhes uma cândida inocência regionalista que cativou a família mais conservadora. Quantos filhos não serão hoje capazes de responder verdadeiramente o que lhes vai na alma aos seus progenitores, à custa da revolução social de Rocha? Um simples "come tu a puta da sopa, minha mal-fowdida do cwaralho!" seria impensável a uma criança de 9 anos nos escuros anos 90. Hoje já não é assim, e temos a agradecer a este homem. O seu aspecto parvo, com bigode ralo e dentes separados, as caretas forçadas, tudo isto serviu meticulosamente o propósito de trazer alegria às nossas vidas.

Pois bem, Rocha é hoje um homem diferente. Numa metamorfose quase replicada do pobre Gregor Samsa, Rocha terá dado por si na cama um dia, transformado num gigantesco conas. Com uma diferença essencial.

"Que me aconteceu? - pensou. Não era um sonho," prossegue a obra de Kafka. A diferença é que esta indagação não terá assaltado Rocha - a metamorfose deste dá todos os indícios de ser intencional, o que a torna muito mais perniciosa e passível de julgamento por uma sociedade indignada e traída no que tinha de mais puro. Rocha é hoje o apresentador de um concurso televisivo, transmitido ao final da tarde, que segue na longa tradição dos concursos agrada-velhas que as estações televisivas portuguesas nos têm brindado ao largo de várias décadas. É o concurso com participação "lá de casa", para o qual pessoas chamadas Ermelinda e Adérito ligam dos seus telefones fixos onde ainda têm que discar o número, é o concurso que as avós vêem com os netos, enquanto os pais não chegam a casa após mais um longo e árduo dia de labuta. A menos que as mães usem rolhos velhos e, bom, o resto. É o concurso que atrai o habitual público imbecil, acéfalo e profundamente bonzinho - é vê-los a aplaudir insistentemente, incessantemente, com uma alegria transbordante, qualquer movimento que se passe no palco de todos os sonhos, onde o objectivo nunca é ganhar mas sim participar, mas cuja única motivação é o sujo Euro.

Pois bem, para um festival de capitalismo queridinho destes, requer-se um poster boy da correcção moral como frontman. Como terá surgido no brainstorming dos produtores o nome de Fernando Rocha, para sempre permanecerá um mistério. Mas surgiu, e agora é ver o bom do Rocha careca, barbeado, vestido com roupas "giras", porque é um "maluco", fazendo alguns suaves disparates, porque é um "malandro", e entoando uma correcção verbal e social de comover o mais empedernido salazarista.

Uma das divertidas provas envolve pinhatas, e é ver o bom do Rocha a resistir há meses a qualquer tipo de trocadilho verbal com a palavra sugestiva. A assistente Soraia, que tem umas mamas que incitam qualquer um à mais espalhafatosa das chafurdices, mantem-se incólume, vítima apenas de um fraternal braço por cima do ombro ocasionalmente. Ao mencionar numa qualquer historieta, contada enquanto esperava por mais um telefonema campónio, um casal que copulava frenetica e ruidosamente, Rocha referiu-se ao acto como "namorar". Ao atender uma chamada de um adepto dessa colectividade pútrida chamada Benfica, Rocha, conhecido apoiante de uma igualmente pútrida associação conhecida pelo seu ódio fétido ao dito Benfica, mandou de imediato calar o "maroto" do público, porque "cada um é do clube que gosta".

No trepidante final de "A Metamorfose", após angustiantes acontecimentos, Samsa tomba morto, sendo descoberto pela empregada da limpeza. Não sabemos se Rocha terá uma profissional do asseio tratando-lhe do pó e demais sujidades, mas caso tenha, resta-nos uma esperança - que, como tantas vezes acontece, a literatura e a realidade se unam num todo equitativo, replicando acontecimentos vividos num e noutro, até ao êxtase do não mais saber o que é literatura e o que é realidade, de tão unas e inseparáveis que se tornam.

Em bom português (estúpido portanto)...


Estava eu a dialogar com amigos na NET (quase quase NEL - apercebem-se da dimensão holística da coisa?) quando me apercebi: já viram que cornetas escrito à pressa - portanto, clicando ao de leve nas teclas sem exercer a força suficiente para efectivamente a letrinha, nomeadamente o "r", aparecer no monitor - pode dar em conetas!?
Só a palavra em si já daria um bom nome para um blog da concorrência, mas não desanimai amigos.moucos o blog mais parvo é nosso e que desde já a coisa fique esclarecida: os conetas nunca vão ser como nós... PARVOS!
Os conetas são uns CONAS!

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Aviso à navegação!

Este espaço está em desenvolvimento... Ainda nos faltam acrescentar aqui umas mariquices para a javardeira que, certamente, darão a esta tasca a côr que realmente merece. Cawralho, amigos moucos... Que blog cúle temos aqui!
Temos, não temos?! Ou não temos?